terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mas no fim, nada disso importa!


Depois de colher fatos, informações e ouvir semelhanças a esse assunto, cheguei a conclusão que a vida é um conjunto de fases de preparação para a fase seguinte. A explicação é muito simples: se somos bebês, treinamos para andar, falar... Se somos crianças, aprendemos a ler, a ouvir, a agradecer e a respeitar, vamos crescendo, ao entrar no ensino médio, treinamos para entrar na universidade e garantir um futuro promissor. Entramos na faculdade, agora é a vez de garantir um futuro profissional e, se ainda estivermos vivos, ao concluirmos devemos preparar nossa vida diariamente, pro mercado de trabalho, pra queda da bolsa de valores, pra um resultado de um julgamento, sempre uma sucessão ininterruptível quando se faz parte da sociedade que, por obrigação, segue as regras do bom senso.

Na reta final do ensino médio, me pergunto, como tantas outras vezes, como prosseguir em linha reta, quando tantas outras coisas me puxam pela tangente? Que inferno é esse cheio de chamas humanas? Que chiqueiro é esse, que mascara a sujeira que possui?
Sabe o pior? Amamos. Por isso, sofremos.
Minha subjetividade é absolutamente propositada; nossa mente, internamente, transmite fragilidade a quem amamos, e por isso o sentimento de proteção sobressaltado.

Unindo todos esses fatores à nossa facilidade de rendição aos sentimentos momentâneos, talvez cheguemos a palavra saudade. Sentimos saudade da fase de preparação anterior a que estamos vivendo... e das pessoas que participaram dela. Em retas finais antecipamos a saudade. E nos aproximamos psicologicamente de quem amamos - mesmo com a distância - a ponto de sentir saudade de pensar neste alguém. E sentimos saudades da criança que tinha coragem de negar o pedido dos pais, e do adolesecente que contradizia, e da vontade contínua de pegar o carro do pai e seguir viagem afora aliada ao frio na barriga que só a adrenalina nos permite sentir. Porque seguir a boa educação, porque passar no vestibular? QUE SE FODAM OS ESTUDOS, eu quero é curtir... Seria tão mais simples. O problema é que a simplicidade é passageira, e a irresponsabilidade tem preços muito caros, e não seriam tão caros se não envolvêssem quem amamos. Então, o mal da vida é o amor?

Conclusão errada. Não possuir amor é não viver. E o bom da vida, é assumir responsabilidades, é ter a petulância de agir e a coragem de assumir. O amor é o pacto da vida. Me refiro ao amor no sentido mais puro que puder atribuir-lhe, ao amor que nos leva a sorrir sem precisar dizer nada, que nos faz pedir a um filho que tenha cuidado antes de atravessar a rua, que nos traz preocupação seguida de alguns arrependimentos. Nossas lembranças nos entregam, nossos sentimentos nos delatam. É o ciclo da vida, e se a física diz que o sentido da velocidade é tangente a circunferência, como evitar as tangentes? QUE BOBO! As tangentes SEMPRE existirão, MAS AQUELES QUE NOS DESVIARÃO DAS TANGENTES, também.

Enquanto existirmos, viveremos; idiota? Tão quanto: "enquanto existirmos, amaremos".

Sinônimos. Simplesmente, sinônimos.

Eu - amo - vocês.




sábado, 12 de setembro de 2009

A primeira vez é sempre inesquecível... ou não.


É meio complicado tirar conclusões pelo que a gente ouve por aí, pessoas são diferentes e, por conseguinte, pensam diferente, mas pra quem já experimentou algumas primeiras vezes pela vida, e eu sou um exemplo (positivo!) de que as pessoas não precisam de idade para obter experiência - não entendam mal, só já vivi muita coisa - e minhas pretensões envolvem muito mais.

Ora, se nem nossas mães sabem a idade, exata, que temos que parar de mamar, e não há, por definição o dia certo para soltarmos a primeira palavra (mesmo que A PRIMEIRA palavra já seja QUASE uma definição). Mas há sempre o quase. Se passarmos no vestibular, quase não passamos, ou quase ficamos em primeiro lugar, ou quem sabe até, quase caímos para a segunda posição, depende só de quem você é no jogo do bicho. E se não passarmos? Bem, QUASE em todos os casos, nós QUASE passamos. É a verdade, QUASE que nua e crua. Estou me empolgando com esse negócio aqui, já nem sei mais o que estou dizendo, mas lembrei (voltando na leitura) que comecei falando de primeira vez por ser meu primeiro post, meio cliché, certo? Mas, como diria o papel da Kate Winslet em O amor não tira férias (The Holiday - bem melhor, concordam?), bem, ela diria que adora ser piegas.

Pensando bem, qual o problema de ser piegas, ora levante-se dessa poltrona vista a sua roupa mais confortável e vá fazer o que você mais gosta; pare na padaria pra comprar aquele doce gostoso que lembra a sua vó, a sua tia, a sua mãe... ou aquele bolo solado que lembra uma experiência não muito agradável (esse, não precisa comprar, apenas veja, e sorria com a lembrança, isso é muito gostoso de fazer), corra na sua rua, grite em uma avenida se quiser, quem se importa com o que os outros pensam? Faça o que der na telha ao menos uma vez na vida e não se importe com aquelas pequenas consequências que deixam a nossa vida um porre e nos empurram pra essa porcaria que se intitula rotina. Por aí já disseram que a vida é só uma e que as pessoas a desperdiçam pelo SIMPLES MEDO DE TENTAR (adoro Shakespeare), é tão bobo... Se você vai continuar aí parado feito um bobão, eu vou curtir a vida, como eu sempre faço, e por isso, sempre ouço as pessoas dizerem "sua loouca", sempre dá vontade de sorrir, LOUCO é você que vive a vida como se não fosse sua, eu não sou louca - sou feliz - e tenho os olhos um pouquinho mais abertos pra verdadeira realidade que insiste em pairar ao nosso redor, então apenas diminua a sua densidade para que possa voar. Deixa a realidade pesada pairar embaixo dos seus leves pulmões e lembre-se sempre: Beba com moderação, Diga não as drogas e atravesse sempre na faixa de pedestres. Paradoxal? A vida é um livro aberto cheio de paradoxos. Ainda não aprendeu isso? Talvez nem eu, mas sempre tenho a esperança de aprender mais...


Vou deixando isso por aqui agora, mas garanto que gostei, só decidi abrir esse blog porque ontem a noite passei um bom tempo no celular com uma amiga que, muito antes disso, sugeriu que eu abrisse o blog, como sou "louca" isso veio na minha cabeça ontem e, pelo visto, agora também.


PS: então, é sempre bom citar nomes, Kerool, se isso der "certo" a culpa é sua, se não der... A PRIMEIRA VEZ É INESQUECÍVEL. E o primeiro post, a gente nunca esquece.